Aprenda o que é ROMs e MODs nos sistemas Android

Android é um sistema operacional baseado no núcleo do Linux6 para dispositivos móveis, desenvolvido pela Open Handset Alliance, liderada pelo Google e outras empresas.7
Segundo a Google, mais de 1 milhão e 300 mil aparelhos com este sistema operacional são ativados todos os dias.8 utilizado por vários fabricantes de celulares como: HTC, Samsung, Sony, Motorola, LG e recentemente a Positivo Informática.
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dougsky
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Aprenda o que é ROMs e MODs nos sistemas Android

Mensagem por dougsky »

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Introdução:

Uma das características que difere o sistema operacional Android dos demais é o fato de este ser “aberto” (ainda que parcialmente).

Quem possui um smartphone Android, provavelmente já ouviu falar em ROMs e ROOT (ou “rootear aparelho”). ROMs são versões do sistema operacional modificadas por desenvolvedores. Em outros sistemas, a instalação de ROMs que não aquelas fornecidas pelo fabricante, não é permitida. No Android, esse mundo de “customizações” e modificações está acessível aos usuários mais curiosos.

Neste post você vai aprender as noções básicas para se instalar ROMs em seu celular, bem como aprender o procedimento de ROOT, e outros pontos importantes. Veja abaixo:

Principais termos que usaremos:

Root - É o utilizador com privilégios (“poderes”) máximos em sistemas UNIX, GNU/Linux, derivados de BSD e também no Android. Este utilizador está também presente no Android, embora venha na maioria dos dispositivos desactivado. Este utilizador tem permissões para ler, escrever e executar tudo o que diz respeito ao sistema.
ROM - É o termo designado a uma imagem do sistema operacional completo incluído num determinado dispositivo. Neste caso, a ROM é o software que está instalado nos terminais com o qual o utilizador interage. Também pode ser usado o termo firmware.
AOSP - Quer dizer Android Open Source Project e é o pai de todas as ROMs que existem para Android. É com este código-base que pode ser compilada e criada uma ROM para qualquer smartphone com Android e até para alguns aparelhos que não possuiam o sistema Android originalmente, como é caso do HD2 da HTC e até mesmo os Nokias N770/800/900.
Recovery - É uma imagem bastante reduzida do AOSP, com apenas o básico para o sistema ser iniciado em determinado smartphone. É utilizado para fins de recuperação de sistema ou para a instalação de novas ROMs. Também estas podem ser customizadas no sentido de lhes acrescentar mais funcionalidades, como por exemplo backups, particionamento de cartões de memória, etc.
SPL - A SPL é um bootloader, i.e., o que inicia o sistema operativo, neste caso, o sistema Android. Pensem nela como uma BIOS ou a EFI de um PC.

Tipos de ROMs:

1. ROMs with Google: são aquelas que são distribuídas normalmente nos Developer Phones e mais recentemente no Nexus One. Estas ROMs são caracterizadas por terem somente o código proveniente do AOSP, como todas as ROMs, e as aplicações da Google como é o caso do Google Maps, Google Mail, etc.

2. ROMs OEM: são as que são alteradas pelo fabricante e/ou pela operadora de telefonia móvel. Neste tipo, infelizmente, temos muitas variantes: ROMs da HTC com SenseUI, da Vodafone com o tema da Vodafone, da Acer com aplicações próprias da Acer, dentre outras. De uma forma simples, é uma camada extra de software que o fabricante/operadora adiciona, quer por uma questão de branding, quer para adicionar alguma funcionalidade/aspecto diferenciador ao aparelho.

3. Community-driven ROMs: são aquelas em que o criador é o usuário comum da plataforma. Ele decidiu criar uma ROM com algumas alterações que lhe pareciam convenientes para um determinado aparelho Android. Estas ROMs podem conter alterações diversas, desde simples modificações a nível de desempenho até a uma grande alteração ao nível da interface e da experiência do usuário. Não há grandes limites ao que se pode fazer, embora, em rigor jurídico, apenas se devesse incluir código proveniente do AOSP e disponibilizado pelos fabricantes para esse intuito.

A Questão da Fragmentação:

Acontece que os fabricantes e as operadoras de telefonia acabam por alterar de tal forma o código base das ROMs, que depois é difícil para eles acompanharem o desenvolvimento do AOSP. O resultado disto é conhecido como fragmentação.

O resultado disto é que os usuários dos smartphones ficam um pouco desamparados na hora de atualizar seu sistema operacional, pois cabe ao fabricante (e não à Google) a integração do novo código na sua plataforma proprietária, o que pode dar a idéia errada de que foi a Google quem deixou de suportar aquele aparelho.

A Google só disponibiliza o AOSP, os programas Google Experience (GMaps, Googles, YouTube, GMail, GCalendar, etc.) e o Market (serviço que disponibiliza o acesso e instalação de aplicações). Por isso é que smartphones com “ROMs with Google”, como é o caso do ADP (Android Developer Phone) 1 e 2, e do Nexus One, estão mais livres para seguir o código base da plataforma e nunca ficarem desatualizados. O problema está mais uma vez com fabricante que, por vezes, não disponibiliza o código fonte de drivers necessários ao funcionamento do sistema.

Isto posto, torna-se agora mais evidente o porquê da existência de ROMs feitas por desenvolvedores independentes. A grande maioria destas ROMs trás novas funcionalidades aos smartphones, integrando as recentes alterações no AOSP naquele aparelho. Adicionam também algumas funcionalidades não existentes em qualquer ROM OEM para melhorar a experiência do utilizador, ou inclusive funcionalidades provenientes de fabricantes diferentes do celular de destino. Alguns exemplos mais conhecidos destas ROMs incluem a famosa CyanogenMod e outras como a MyHero, Pays, Alex e Desire2Nexus (estas últimas implementando a interface proprietária da HTC, o Sense UI).

Conheça as ROMs mais famosas:

As ROMs CyanogenMod são conhecidas pelo seu desempenho acrescido e pelas funcionalidades adicionais em relação à ROM OEM do dispositivo de origem. Existem muitas características alteradas, o que pode certamente agradar a muitos. O limite é a imaginação de quem coopera no projeto.

No caso da ROM MyHero, esta trás a SenseUI para o smartphone HTC Magic, interface já conhecida de todos os utilizadores de smartphones HTC Hero e que agora surge também oficialmente na versão mais recente da ROM para os HTC Magic.

A ROM Desire2Nexus é uma ROM que é baseada na ROM do HTC Desire, mas “portada” para o Nexus One. Basicamente o que trás de novo é a SenseUI, mas trás também FM Radio, dentre outras funcionalidades.

A Pays ROM e a Alex ROM são versões modificadas do sitema operacional para o smartphone HTC Desire. Elas acompanham o conhecido Sense UI da HTC, e outras funcionalidades, como layout diferenciado e aumento da partição do sistema (o que elimina o problema de espaço para aplicativos, característico do Desire).

Por fim, a ROM ShadowMOD-BR é uma modificação sempre atualizada com diversas melhorias para o nosso smartphone nacional mais conhecido, o Motorola Milestone. Ela faz o que, inclusive, a própria empresa não dá conta de fazer: atualizar o aparelho para as versões mais recentes do sistema Android.

Conclusão

Independência e Escolha. Estas são as palavras fundamentais associadas ao sistema Android. As potencialidades do nosso smartphone não acabam no momento da compra, podendo ser expandidas enquanto a comunidade e o hardware o permitir. Esta é a grande diferença de um aparelho Android, para um modelo de iPhone da Apple, por exemplo.

A comunidade e a diversidade de ROMs que esta produz e/ou melhora todos os dias nos garantem inúmeras possibilidades.



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